Neste domingo, somos chamados a refletir sobre o alcance universal da salvação, a disciplina amorosa de Deus para a transformação e o caminho exigente, porém libertador, que nos leva ao Reino.

Na Primeira Leitura, Deus anuncia que reunirá povos de toda língua e cultura, revelando Sua glória e convocando todos à comunhão plena. O Salmo nos recorda que esse convite é urgente e vocacional: proclamar o Evangelho a todas as nações com alegria. Na Segunda Leitura, somos confrontados com a noção de que a disciplina divina — embora dolorosa no momento — produz em nós frutos de paz e justiça. E o Evangelho nos desafia a fazer todo esforço para entrar pela porta estreita de Cristo, discernindo o caminho da vida com vigilância, confiança e autenticidade.

Que essa liturgia nos ajude a experienciar a amplitude do amor de Deus, a entrega que Ele espera de nós e a alegria de caminhar com fé.

Primeira Leitura

Livro do Profeta Isaías 66,18-21

“Assim diz o Senhor:
18 Eu, que conheço suas obras e seus pensamentos, virei reunir todos os povos e línguas; eles virão e verão a minha glória.
19 Porei no meio deles um sinal, e enviarei, dentre os que foram salvos, mensageiros para os povos de Társis, Fut, Lud, Mosoc, Rós, Tubal e Javã, para as terras distantes que ainda não ouviram falar de mim nem viram a minha glória. Esses anunciadores contarão às nações a minha glória,
e reconduzirão, de toda parte, vossos irmãos, até o meu santo monte, como oferenda ao Senhor, sobre cavalos, em carros, liteiras, montados em mulas e dromedários—diz o Senhor—como os filhos de Israel fazem sua oferenda em vasos purificados para a casa do Senhor.
21 E eu os escolherei dentre eles para serem sacerdotes e levitas, diz o Senhor.”
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Salmo Responsorial

Sl 116 (117),1-2
Resposta: Ide por todo o mundo, anunciai a boa-nova.

1 Louvai o Senhor, todas as nações, aclamai-o, todos os povos!
2 É firme o seu amor para conosco, a fidelidade do Senhor permanece para sempre.
Paróquia São Luís Faro


Segunda Leitura

Carta aos Hebreus 12,5-7.11-13

“Irmãos,
5 Já esquecestes as palavras de exortação dirigidas a vós como a filhos: ‘Meu filho, não desprezes a disciplina do Senhor, e não te sufoque pelo seu repreender,
6 pois o Senhor corrige a quem ama, e castiga a quem aceita como filho.’
7 Suportai as correções: Deus vos trata como filhos. Pois, que filho há a quem o pai não corrija?
11 No instante, nenhum castigo parece motivo de alegria, mas de tristeza; depois, porém, produz fruto de paz e justiça nos que por ele foram exercitados.
13 Ela torna vossos passos firmes nos caminhos, de modo que o gemido dos que estão mancos se torne menor, e o caminho se retifique.”
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Evangelho

Lucas 13,22-30

“Naquele tempo, Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e seguindo o caminho para Jerusalém.
Alguém lhe perguntou: ‘Senhor, são poucos os que se salvam?’
Ele respondeu: ‘Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois Eu vos digo que muitos tentarão entrar e não serão capazes. Depois que o dono da casa se levantar e fechá-la, começaráis a ficar do lado de fora, batendo à porta e dizendo: “Senhor, abre‑nos!” Ele responderá: “Não sei quem sois nem de onde vindes.” Então direis: “Comemos e bebemos contigo, e aprendemos nas tuas ruas.” Ele responderá: “Não sei quem sois. Afastai-vos de mim, todos os malfeitores.” Então hão de vir do oriente e do ocidente, do norte e do sul, reclinando-se à mesa no Reino de Deus. Eis aí últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos.’”
Missário


Meditação sobre as Leituras

Hoje somos chamados a contemplar o alcance universal da salvação: Deus quer reunir todos os povos para que façamos parte da Sua casa, louvando-O como comunidade de fé. Esse convite exige resposta: não é um caminho fácil nem automático. A disciplina divina — às vezes dolorosa — é sinal de amor e visa nossa transformação, cultivando frutos de paz e justiça reais em nossa vida.

Jesus nos alerta: o caminho para o Reino exige empenho, atenção e autenticidade. Não basta frequentar os lugares certos; precisamos viver com coerência. “Esforçar-se para entrar pela porta estreita” significa renunciar ao que nos afasta da simplicidade do Evangelho e abrir espaço para uma vida baseada na compaixão, na justiça e no seguimento firme de Cristo.

Que possamos, com coragem, aceitar o chamado universal, permitir a correção de Deus para nosso crescimento e escolher, com vigilância e fé, o caminho que leva à vida plena.


Oração final

Senhor Deus,
Tu quiseste reunir povos de toda língua e cultura
para louvar-te no monte santo do Seu Reino.
Coragem nos conceda para viver na fidelidade do discipulado:
aceitar a disciplina como expressão do Teu amor,
esforçar-me por entrar na vida que ofereces,
através da porta estreita de Tua presença.
Que nossa caminhada seja verdadeira, cheia de esperança e serviço,
para que estejamos entre os que entram e não ficam do lado de fora.
Amém.