A liturgia de hoje nos oferece um profundo ensinamento sobre fé, esperança e perseverança. No livro dos Atos dos Apóstolos, vemos Paulo enfrentando oposição, rejeição e, mesmo assim, não desanima. Ele entende que o Evangelho não pode ser limitado e, com coragem, se volta aos pagãos, levando a Boa Nova para quem está disposto a ouvir e se abrir ao amor de Deus.

Leituras: At 18,1-8 / Sl 97(98),1.2-3ab.3cd-4 (R. cf. 2b) / Jo 16,16-20
Cor: Branco

PRIMEIRA LEITURA

Primeira Leitura (At 18,1-8)

Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias: 1 Paulo deixou Atenas e foi para Corinto. 2 Aí encontrou um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, que acabava de chegar da Itália, e sua esposa Priscila, pois o imperador Cláudio tinha decretado que todos os judeus saíssem de Roma. Paulo entrou em contato com eles. 3 E, como tinham a mesma profissão – eram fabricantes de tendas – Paulo passou a morar com eles e trabalhavam juntos. 4 Todos os sábados, Paulo discutia na sinagoga, procurando convencer judeus e gregos. 5 Quando Silas e Timóteo chegaram da Macedônia, Paulo dedicou-se inteiramente à Palavra, testemunhando diante dos judeus que Jesus era o Messias. 6 Mas, por causa da resistência e blasfêmias deles, Paulo sacudiu as vestes e disse: “Vós sois responsáveis pelo que acontecer. Eu não tenho culpa; de agora em diante, vou dirigir-me aos pagãos”. 7 Então, saindo dali, Paulo foi para a casa de um pagão, um certo Tício Justo, adorador do Deus único, que morava ao lado da sinagoga. 8 Crispo, o chefe da sinagoga, acreditou no Senhor com toda a sua família; e muitos coríntios, que escutavam Paulo, acreditavam e recebiam o batismo.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

SALMO

Responsório Sl 97(98),1.2-3ab.3cd-4 (R. cf. 2b)

— O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.

— O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.

— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória. 

— O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel. 

— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai! 

EVANGELHO

Evangelho (Jo 16,16-20)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

— Eu não vos deixarei órfãos: eu irei, mas voltarei, e o vosso coração muito há de se alegrar.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 16 “Pouco tempo ainda, e já não me vereis. E outra vez pouco tempo, e me vereis de novo”. 17 Alguns dos seus discípulos disseram então entre si: ‘O que significa o que ele nos está dizendo: ‘Pouco tempo, e não me vereis, e outra vez pouco tempo, e me vereis de novo’, e: ‘Eu vou para junto do Pai?'” 18 Diziam, pois: “O que significa este pouco tempo? Não entendemos o que ele quer dizer”. 19 Jesus compreendeu que eles queriam interrogá-lo; então disse-lhes: “Estais discutindo entre vós porque eu disse: ‘Pouco tempo e já não me vereis, e outra vez pouco tempo e me vereis’? 20 Em verdade, em verdade vos digo: Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará. Vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

REFLEXÃO

A liturgia de hoje nos oferece um profundo ensinamento sobre fé, esperança e perseverança. No livro dos Atos dos Apóstolos, vemos Paulo enfrentando oposição, rejeição e, mesmo assim, não desanima. Ele entende que o Evangelho não pode ser limitado e, com coragem, se volta aos pagãos, levando a Boa Nova para quem está disposto a ouvir e se abrir ao amor de Deus.

O Evangelho de João traz palavras de consolo e esperança. Jesus fala sobre um “pouco tempo” que, à primeira vista, gera confusão nos discípulos, mas representa sua paixão, morte e ressurreição. A tristeza da ausência se converte na alegria do reencontro, numa promessa que se estende a cada um de nós: a certeza de que Deus nunca nos abandona.

Vivemos muitas vezes nossas próprias dores, angústias e “ausências” de Deus. Mas a liturgia nos lembra que toda dor, quando acolhida na fé, se transforma em vida nova. É o Espírito Santo que vem consolar, fortalecer e conduzir nossos passos rumo à verdade plena.



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